Nota Metodológica
A taxonomia por Intensidade Tecnológica adotada nesses indicadores foi apresentada por Galindo-Rueda e Verger na publicação OECD Science, Technology and Industry Working Papers 2016/04 – OECD Taxonomy of Economic Activities Based on R&D Intensity.
Nesse trabalho, os autores propõem uma nova classificação das atividades econômicas com base em sua intensidade tecnológica, definida como a razão entre dispêndios em P&D e valor adicionado. As atividades econômicas manufatureiras e não-manufatureiras são agrupadas em cinco grupos de intensidade (alta, média-alta, média, média-baixa e baixa), a partir de evidências da maioria dos países da OCDE e de economias parceiras.
As estatísticas e indicadores apresentados neste bloco referem-se às atividades econômicas classificadas nos grupos de alta e média-alta intensidade tecnológica, sob três óticas: valor adicionado; comércio exterior; e emprego. No caso do comércio exterior, só se consideram as atividades manufatureiras classificadas nesses dois grupos.
A correspondência entre a classificação ISIC e as estatísticas nacionais foi obtida em IBGE/Comissão Nacional de Classificação-CONCLA (CNAE 2.0 x CIIU/ISIC rev. 4). Veja mais em CNAE 2.0 x ISIC rev. 4.
Os indicadores sobre inovação tecnológica aqui apresentados baseiam-se nas informações produzidas pelo IBGE a partir de dois de seus levantamentos: a Pesquisa de Inovação (Pintec) e a Pesquisa de Inovação Semestral (Pintec Semestral).
A primeira, iniciada em 2000 e realizada com periodicidade variável até 2017, é um amplo levantamento de informações sobre as atividades de inovação das empresas sediadas no Brasil, que atendam aos seguintes requisitos:
A partir da Pintec de 2011, visando seguir mais de perto as recomendações da terceira edição do Manual de Oslo (OCDE, 2005), passaram a ser consideradas apenas as empresas que atendem aos requisitos acima descritos.
A Pintec oferece uma ampla gama de indicadores, mas os contidos neste site limitam-se às inovações implementadas de produto e/ou processo, às atividades de P&D realizadas, aos gastos associados e ao número de pessoas envolvidas com tais atividades.
Para acompanhar os eventos associados à inovação em intervalos menores, o IBGE, em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), introduziu, em 2021, a Pintec Semestral, divulgada como Investigação Experimental.
A Pintec Semestral atinge apenas as empresas industriais com 100 ou mais pessoas ocupadas e realiza duas tomadas ao ano. No primeiro semestre, investiga temas flexíveis que se modificam a cada ano, enquanto no segundo semestre utiliza questionário fixo para consolidar informações básicas sobre a inovação nas empresas.
Os conceitos envolvidos na Pintec Semestral seguem as recomendações do Manual de Oslo, quarta edição (2018). Essa edição amplia o conceito de inovação, incluindo inovações em diferentes funções de uma empresa, o que dificulta a comparabilidade entre as edições anteriores e os indicadores delas derivados.
As dificuldades de comparação entre a Pintec tradicional e a Pintec Semestral são refletidas na adoção de ajustes metodológicos para permitir o uso dos dados sobre dispêndios e recursos humanos em P&D disponibilizados pela Pintec de 2017 e pela Pintec Semestral de 2022.