Pós-Graduação

A base Sucupira, coletada e publicada anualmente pela CAPES/MEC, contém os microdados sobre os programas de pós-graduação (PG) nos níveis de mestrado, mestrado profissional, doutorado e doutorado profissional, considerados PG stricto sensu pela CAPES, que regula a pós-graduação no Brasil. Descrevem-se a seguir a própria base e o processo desenvolvido para preencher lacunas existentes nos arquivos originais.

A unidade estatística da base Sucupira é a/o discente, ou seja, cada uma de suas linhas corresponde a um vetor que contém as informações sobre um estudante. Suas principais variáveis são as relacionadas ao programa – como nível acadêmico, instituição de oferta, programa ofertado, área/subárea de conhecimento – e as relativas a discentes.

As variáveis que identificam a/o discente – importantes na descrição do processamento realizado com as bases – são:

• "ID_PESSOA": número atribuído pela CAPES à/ao discente e que é persistente em qualquer instância em que tal pessoa seja incluída na base, mesmo em cursos e níveis diferentes;
• "ST_INGRESSANTE": valores "SIM", "NÃO" - indica se, no ano de referência, a/o discente é ingressante;
• "NM_SITUACAO_DISCENTE": valores "MATRICULADO", "DESLIGADO", "ABANDONOU", "TITULADO", "MUDANÇA DE NÍVEL SEM DEFESA" (este, apenas para mestrado);
• "DT_MATRICULA_DISCENTE": valor "DIAMÊSANO:HORA:MIN:SEG" – data/hora de ingresso no programa; e
• "DT_SITUACAO_DISCENTE": valor "DIAMÊSANO:HORA:MIN:SEG" – mesmo valor que a variável "DT_MATRICULA_DISCENTE" (data/hora de ingresso) até que mude sua situação ("NM_SITUACAO_DISCENTE") no programa, quando o valor passa a corresponder à data/hora em que ocorreu a mudança.

A variável relevante para a identificação mais acurada da/do discente é a composição do “ID_PESSOA” e os oito primeiros caracteres da variável que identifica a instituição e o programa "CD_PROGRAMA_IES". A concatenação dessas duas variáveis gerou a variável "IES Pessoa", utilizada no processo descrito a seguir, para preencher lacunas existentes nos arquivos originais da base.

O processo consistiu em se utilizar o ano de ingresso para criar a coorte de ingressantes em um determinado ano e seguir esse grupo ao longo dos anos seguintes até que a situação da/o discente se alterasse. Notaram-se casos de anos intermediários em que a/o discente deixava de constar na base e situações em que a/o discente só constava na base no ano de titulação, mesmo com data de ingresso de anos anteriores. Para preencher essas lacunas de forma sistemática e automática, desenvolveu-se um programa computacional, validado com a equipe de dados da CAPES.

Esse programa incluiu, entre os MATRICULADOS, as/os discentes ausentes em determinados anos, mas que se mantiveram no sistema e foram identificados em outros anos ou na condição de TITULADOS.

Em virtude desse processo, os resultados diferem em relação aos publicados pela CAPES na plataforma GEOCAPES apenas para os números de "MATRICULADOS" ("Matrículas" nos dados aqui publicados), sem alterar os referentes aos "TITULADOS" ("Títulos"). Os dados de "INGRESSANTES" ("Ingressos") não são publicados na plataforma da CAPES.